CINCO RAZÕES PARA TANTAS RISADAS
4 de setembro de 2014 por Paulo Moreira Leite
Num
país onde os bons humoristas se aposentaram, mudaram de profissão ou foram
desta para melhor, imagino que os banqueiros não devem lembrar-se de nenhum
momento mais adequado par dar boas gargalhadas de felicidade como a campanha de
2014.
Vejo
cinco razões principais.
A
primeira é que Marina Silva, sua candidata a presidente está em boa posição nas
pesquisas eleitorais e tem boas chances de vencer a eleição num país que
hospeda a 7a. maior economia do planeta. Só isso já seria um motivo de alegria,
considerando que nos últimos 12 anos o país atravessou o mais amplo programa de
distribuição de renda de sua história e as taxas de juros, ainda que estejam em
patamares convenientes para o rentismo, se encontram no patamar mais baixo em
duas décadas.
Depois
de refugar um pouco, a candidata já disse que apoia a autonomia do banco central, uma barbaridade do Estado mínimo que saiu de moda depois de 2008,
quando a maior crise em 80 anos mostrou que o emprego do cidadão comum e o
futuro das famílias são questões sérias demais para ficar nas mãos dos
banqueiros.
A
segunda razão é que ninguém percebeu qual é o verdadeiro plano da candidata
para os bancos brasileiros. Quem chegar a pagina 61 do programa de Marina Silva
vai descobrir. Claro que ela fala em reduzir impostos e prometer outras
faciliades há muito reclamadas por aquele pessoal que, no início dos século
passado, usava fraque e cartola para ir ao trabalho. Mas isso não é o
principal. Ela quer acabar com o crédito direcionado, em nome, claro, da necessidade
de livrar a economia de entraves burocráticos que ninguém sabe para que servem
mas condena mesmo assim porque é bonito falar essas coisas.
Crédito
direcionado é aquela parte dos depósitos bancários que deve ter uma finalidade
social. Não podem ser emprestados pela máxima taxa de juros que o banco
conseguir arrancar de seu cliente. Deve ser oferecido a juro mais barato e ser
empregado para investimentos de reconhecido valor para a sociedade. Por
exemplo: 65% dos recursos da poupança não podem ser gastos à vontade pelo
banco, mas usados para o crédito imobiliário. Com o fim do credito direcionado,
chegamos ao regime de farra total. É por isso que a turma não pára de rir. Só
para você ter uma ideia. Em 2008, quando a crise mundial explodiu, nosso crédito
direcionado atingia a módica quantia de 1,8% do PIB. Em 2013, o volume era de
8,2% do PIB. O que se passou entre um número e outro foi o Minha Casa Minha
Vida que, neste período, entregou e contratou perto de 3,5 milhões de casas
para a população de baixa renda.
O
quarto motivo para rir é que, mesmo acabando com o credito direcionado, a
campanha de Marina Silva fala em aumentar o Minha Casa Minha Vida para 4,4
milhões. Quer nos fazer acreditar que será possivel cortar a principal fonte de
recursos baratos e aumentar os gastos em 50%.
Essa é
a verdadeira anedota: como todo governo com um programa onde as contas não
fecham e os meios não concordam com os fins, seu destino é o fracasso. Mas aí,
riem os banqueiros, os votos já foram contados e será tarde demais.
É isso aí!!! Sem tirar e nem por. A Farsa para enganar o povo e beneficiar os Banqueiros, e os interesses Norte Americanos estão denunciados aí. Só se deixa enganar quem quiser.
Manoel Mesquita.
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